segunda-feira, 25 de novembro de 2013

LORO, o meu papagaio!

LORO, o meu PAPAGAIO
Thelma Regina Siqueira Linhares
 
O loro fez parte da minha infância em Fortaleza/CE e nos acompanhou na viagem de mudança para o Recife/PE, em novembro de 1963. De avião... em gaiola no colo de minha madrinha Getrudes.
Viveu no Recife por alguns anos, em apartamento e morreu na mesma data de resgate de uma das viagens dos astronautas americanos, do Projeto Apollo, na década de 70.


Não ficou nenhuma foto dele, só lembranças na memória de quem com ele conviveu . De uma ave predominantemente verde, com algum colorido de vermelho, amarelo e azul. Um verdadeiro loro!

Hoje, de manhã, pelo rádio escutei uma música antiga, Eu vou pra maracangalha, que ele gostava de cantar. Seu repertório incluía: parabéns pra você e quando danço com você sinto coisas que sonhei... Gostava de contar alguns números, aprendidos no tempo da minha alfabetização e de minha irmã Edna Maria: um, doi, trei e quato... Edinha... ThelmaRe... Getuude... o loro ta com fome... coitado... algumas falas da querida ave. Nunca chamou mamãe Ivanice nem papai Nami.

Entre algumas histórias a ele relacionadas: quando eu disser é essa morde (bica) ela... disse a menina que eu fui, contrariada com tia materna. E por ocasião de acidente automobilístico que me atingiu, à minha irmã e à minha madrinha, Mamãe Ivanice costumava contar que no dia seguinte, bem tarde, ao ir cuidar dele e contando o fato ocorrido, ele teria dito: Coitado! 

Querido loro! Embora amado e cuidado, acredito que ele teria sido mais feliz solto na natureza.

Maracangalha / Dourival Caymmi

 

Eu vou prá Maracangalha
 Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapeu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!...(3x) Eu vou só! (16x)


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