quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Meus PRESÉPIOS


Presépio ou Lapinha. 
Representação do momento do nascimento do Menino Jesus, com destaque para a representação dos personagens:  Menino Jesus (filho de Deus e o Salvador), 
Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo), José (pai de Jesus Cristo),
Manjedoura com palhas em um curral (local onde nasceu Jesus), 
Burro e Boi ou ovelhas (animais do curral, representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu),
 Anjos (responsáveis por anunciar a chegada de Jesus),
 Estrela de Belém (orientou os reis Magos quando Jesus nasceu), 
Pastores (representam a simplicidade das pessoas do local em que Jesus nasceu), e
 Reis Magos (Melquior, Baltazar e Gaspar).


Segundo a tradição cristã, São Francisco de Assis, em 1223, idealizou e montou 
 o primeiro presépio em argila, na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio), 
para melhor explicar o significado do nascimento de Jesus Cristo.
No século XVIII, o hábito de se montar presépio, 
nas casas se popularizou da Europa para outras regiões do mundo.
E hoje, tanto residências, quanto diferentes espaços públicos e comerciais
 mantém essa tradição natalina.

Esse Menino Jesus é a primeira peça da minha coleção. Na realidade, ele é o que sobrou do Presépio ou Lapinha da minha infância, lá em Fortaleza, com cerca de dez personagens. Puxando pela memória, lembro de Mamãe Ivanice e, especialmente de Papai Nami construindo todo um cenário para montar o Presépio na sala de casa. Casinhas de caixas de fósforo, bichinhos diversos, pedras e montanhas em papel, um laguinho com espelho e areia da praia. Luzes e velas que devem ter contribuído para o nosso encantamento, meu e de minha irmã Edna Maria naquele Natal.

Este presépio é pequenino. Tinha mais três pecinhas que quebraram: a gruta com estrelinha, um cacto e um carneiro. De barro. Das mãos e artes de Lauro Euzébio, de Caruaru/PE. Interessante 
observar que ele traz um toque de regionalismo, com a representação de cactos.

De Caruaru/PE. Em barro e sem autoria identificada. Na estilização de uma quartinha, 
a gruta e a cena do nascimento do Menino Jesus.

De Adilza. Artesã de Caruaru/PE. Esse presépio em barro.

 
 Este presépio é único! Alemão. 
A base de madeira foi trabalhada por Klaus, que concebeu todo o desing.

Alemão, também. Pequenino. Tamanho de uma noz. Em plástico. 
Sthella quem me presenteou.

Alemão, também. Em resina. Presente de Rodrigo.

Do Peru. Comprado numa Fenearte. 
(Apresenta já uma marquinha do tempo...)

Também do Peru e comprado na Fenearte deste ano. 
Madeira pintada no santuário e personagens em resina. 
E, já tem uma história de restauro, apesar da estreia. 
Nossa parceria não é Benjamin? 

Edvaldo encontrou esse mimoso presépio miniatura nas Paulinas.

Em resina, esse Menino Jesus. Presente de tia Nida há mais de uma década.

Em resina. Comprado em lojinhas de R$1,99. Há mais de uma década.

Esse menino Jesus foi presenteado a minha Madrinha Getrudes por sua irmã Dulce. 

 
Presépio made in...  (1)
Comprado em lojinha de bairro. Na minha coleção há cerca de duas décadas.

Presépio made in...  (2)
Comprado em lojinha de bairro. Na minha coleção há cerca de duas décadas.

  Da Alemanha. Em cera. Já perdeu o cheirinho...

Da Alemanha. Em Madeira. Proposta inicial ser enfeite da árvore de Natal. 
Mas retirei para a minha coleção de presépios.

Apresentação da minha coleção de Presépios, ano 2017.
 Singela e afetiva.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Presente... JAMBEIRO DO PARÁ

Presente... JAMBEIRO DO PARÁ

Sábado. 09/12/2017. Um comentário em foto de Bia Hetzel seguido de uma conversa com Angela Leite sobre o espetáculo do tapete vermelho que o Jambeiro em flor proporciona, me motivaram a escrever este post sobre o Jambeiro do Pará. Pesquisa e memória...

Meus primeiros contatos com essas árvores aconteceram em meados da década de 1960,  na casa de meus avós maternos Branca e João, no bairro de Campo Grande, em Recife. No quintal, havia um pé de cada variedade: vermelho (Jambo do Pará, como conhecido em Pernambuco), rosa e branco (cujos frutos formam cachos).

Era uma fruta muito apreciada. Comprada nas feiras livres. O hábito de ser tirada de quintais de residências e praças, arborizadas com frutíferas, também. No Cemitério de Santo Amaro, um dos maiores do Recife, havia muitos jambeiros vermelhos o que causava um certo receio da procedência ao ser comprado em tabuleiros nas ruas. Seria jambo do cemitério? Jambre, como muitos o chamavam.

O doce ou geleia é gostoso, azedinho. Lembra o sabor da geleia de tomate. Minha madrinha Getrudes fazia algumas delícias que agradavam ao paladar e aos olhos.

Estou com um Jambeiro do Pará crescendo no quintal, desde 2014, cuja mudinha foi comprada em Gravatá/PE. Deve ter uns três metros já. Está tentando a sua primeira floração. O chão ficou sombreado de vermelho e contei umas vinte florzinhas, que caíram quase todas. Ficaram umas cinco, que foram virando um fruto. Hoje de manhã só visualizei UM, que torço pra que cresça.

A copa do Jambeiro do Pará é triangular. Uma linda árvore de Natal!!! Fiz umas fotos para ilustrar a conversa no facebook e, surpresa, são dois jambos crescendo!!! Mas quantos não conseguiram crescer. Enchi a mão de toquinhos no chão. Devolvi ao pé do tronco do Jambeiro do Pará, de volta como adubo.


Uma das primeiras fotos do Jambeiro do Pará. Em 2014.

Flores do Jambo do Pará. Em 2017.

"Tapete" das flores do Jambeiro. Em 2017.

Toquinhos das flores caídas antes de frutificar. Em 2017.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

LAVANDEIRA

LAVANDEIRA
Thelma Regina Siqueira Linhares

Lavanderia
linda e mansinha,
com graça,
parece dar boa tarde!
em tarde 
de segunda-feira
mas poderia ser em qualquer feira...
pois que todo dia
é mais uma visão linda
em Olinda.

(Olinda, 27/11/2017)

terça-feira, 14 de novembro de 2017

saiu no face... Triunfo / PE

saiu no face... Amanhecer em Triunfo/PE. 14.11.2016.




Em 2016 passei uns dias em Triunfo/PE, no Sertão, com Edvaldo através de uma excursão organizada por Joana Arruda. No grupo, estavam Célia, Cecília, Raquel e Edite. Havia outras colegas do CAP e familiares. A cidade fica a 1.010 metros de altitude e quase 400 km de distância do Recife. Ficamos no Otellin Triunph. Achei a cidade bem acolhedora. Destaco a presença de antigos casarões e casas centenárias, bem conservadas. Havia no passado, competição para a fachada de casa mais bonita e que hoje, felizmente, são protegidas. Estava quente, sem o friozinho esperado, o que de certa forma frustrou... Conhecemos pontos turísticos tradicionais: Açude João Barbosa Sitônio e o Teleférico do Sesc, Cine Teatro Guarani, Museu do Cangaço, Pico do Papagaio, Cacimba de João Neco, Engenho São Pedro e Cachaçaria Triumpho, entre outros. Triunfo, o Oásis do Sertão, é ótima opção para conhecer Pernambuco.

Açude João Barbosa Sitônio e o Teleférico do Sesc
                                                                             


Engenho São Pedro e Cachaçaria Triumpho
                                 
 Museu do Cangaço
Pico do Papagaio
                                                                                                       
flamboyants exuberantes e pedras



Otellin Triunph

sábado, 28 de outubro de 2017

Sonoridade



Sonoridade 
Thelma Regina Siqueira Linhares 

para ouvir pássaros 
há de se plantar... 
e abrir gaiolas!!! 

(Olinda/PE. 28.10.2017)

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Eu também



(em resposta a um poema de Peter O'Sagae publicado em seu facebook)


Também tenho medo.

Dó do que já foi.
Saudade do que não é.
Cumplicidade com o que nunca será.

Utopias.
Sonhos.
Realidades.

Só sei e como gostaria que não fosse...
Que só poesia fosse. 

Por isso, também, tenho medo.


(Olinda/PE 13.07.2017)




quinta-feira, 29 de junho de 2017

Luas


LUAS
Thelma Regina Siqueira Linhares

Por décadas
sabedora das luas pelo calendário
não compartilhar, hoje, impossível.

Olinda/PE, 08.06.2017

Publicado, originalmente, no facebook.


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Simples assim

Simples assim
Thelma Regina Siqueira Linhares

Bioluminescência
Iluminando
A noite, a vida, o sonho
Vagalume
Em quase abril
Simples assim.


Publicado no facebook em 01.04.2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Hoje é o dia de Frevo


Hoje é o dia do FREVO!!!

Surgido em Pernambuco no final do século XIX, o frevo possui data e certidão de nascimento: 09.02.1907, no Jornal Pequeno quando o Clube Empalhadores do Feitosa convidou público para ensaio geral e destacou entre marchas carnavalescas O Frevo

Como gênero musical, se classifica em frevo-de-rua (orquestra instrumental), frevo-canção (introdução e finalização instrumental, com destaque para letra e melodia) e frevo-de-bloco (orquestra de pau e cordas - violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, violinos - e instrumentos de sopro e percussão).

Como dança, o frevo possui mais de 120 passos catalogados, como por exemplo ferrolho, parafuso, tesoura, bailarina, saci e boneco de Olinda.

Grandes maestros e suas orquestras abrilhantaram os carnavais pernambucanos durante o século XX, inspiração sempre presente. 

O frevo é considerado Patrimônio Imaterial pelo IPHAN, desde 2007. 

Na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, no bairro do Recife funciona o Paço do Frevo. http://www.pacodofrevo.org.br/



É FREVO, MEU BEM!
Capiba

Pernambuco tem uma dança
Que nem uma terra tem
Quando a gente entra na dança
Não se lembra de ninguém

É maracatu, não!
Mas podia ser.
É bumba-meu-boi, não!
Mas podia ser.

Mas será o baião, não!
Mas podia ser.
É dança de roda, não!
Quero ver dizer...

É uma dança
Que vai e que vem
Que mexe com a gente
É frevo, meu bem!

"É frevo, meu bem" frevo-canção de Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa) gravado por Carmélia Alves e Orquestra Tabajara de Severino Araújo, em 1951.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

FEVEREIRO


FEVEREIRO
Thelma Regina Siqueira Linhares

... Porque ciclos.
Fevereiro novamente.
Sonhos a realizar.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

JANEIRO

Alvorada. Olinda/PE 01.01.2017

Crepúsculo. Olinda/PE 01.01.2017
JANEIRO
Thelma Regina Siqueira Linhares


JA passando rapidinho  
adicioNEI momentos lindos e
raROs em 2017.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Bom te ver



In memorian 
a três filhotes

Ti... ti... ti...
Bom te ver
Bem-te-vi!

Ti... ti... ti...
Te vi.
Bem-te-vi.

Ti. Ti. Ti.
Não mais te ver
...jamais.


Três destinos trágicos de uma mesma ninhada. O primeiro caiu do ninho, de olhinhos fechados, sem penugem. O segundo, dois dias após, maiorzinho e já sem vida. O terceiro, mais de semana depois... Ensaiando os primeiros voos. A mãe esteve sempre presente alimentando e cuidando por uns três dias, mas a criaturinha tinha pressa... Por outras vezes foi retirado do chão e colocado no seu novo ninho. Até que não foi mais possível.  

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Recadinho para Babel


Recadinho pra Babel
Thelma Regina Siqueira Linhares

Volta Babel!
E Babel atendeu
ao apelo que se fez.

Na Casa Amarela está.

Tomara que não repita 
a trela... 
pois quem já viu deixar uma poeta triste, hem Babel!?

(Olinda/PE, 19.01.2017)


Babel é o gato siamês da poeta Roseana Murray.
Passou mais de 24 horas desaparecido em Saquarema/RJ. Tristeza e preocupação com compartilhamentos virtuais. Hoje, cedinho com o sol, voltou para a Casa Amarela, à beira-mar. E, rapidinho, o fato se transformou em mote para poemas diversos. Recadinho pra Babel seguiu para o face de Roseana Murray.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Encontros esperados, histórias e flashs : SIBITOS


Os sibitos foram os primeiros pássaros que se chegaram não se importando com à presença dos novos moradores. 
Sempre bem vindos!
Muitos já nasceram aqui e, acredito, já estão acostumados à presença humana. Tanto, que na última ninhada, a mãe alimentava os dois filhotes sem se importar com a minha aproximação e os flashs. 
O ninho escolhido para a maioria dos nascimentos foi uma bola de cipó usada, inicialmente, como luminária. Após verificar a predileção dela por sibitos, Edvaldo resolveu remanejá-la e aposentá-la da função. 
Agora é só maternidade e berçário. 
A cada novo nascimento, um par de sibitos dá uma ajeitadinha, trazendo novos materiais para preparar a chegada dos ovos, o choco e a maturação dos filhotes. Belo exemplo de quem espera novas vidas.




Mas nem tudo foi história com final feliz.
Teve um sibito novinho que se afogou numa caixa d'água ao experimentar o primeiro voo... Alguns foram devolvidos ao ninho para completar a maturação. Felizmente, a grande maioria alçou vôo na época certa. E sabe que tem um ninho quentinho à espera para novos filhotes... livres como deve ser.

Pequeno pássaro, 
conhecido em Pernambuco por Sebito. Também chamado de Cambacica
(Coereba Flaveola).